O texto a seguir não representa a opinião do autor e não do Refúgio dos Rockeiros e Metaleiros.
As bandas de abertura eram: Ain Sof Aur, Vultos Vocíferos e Omfalos. Logo de cara, encontrei com o Ítalo Guardieiro (vocalista da banda Device), Caio Duarte (vocalista da banda Dynahead), Zé Misanthrope (vocalista do Omfalos) e mais tarde apareceu o Daniel Moscardini (baterista da banda Coral de Espíritos). Ficamos trocando umas idéias enquanto a galera passava o som. O tempo passa e nada dos portões abrirem para o público e nada dos shows começarem. Enquanto isso, os roadies do Dark Funeral aproveitavam para fazerem uso de substâncias ilícitas.
Depois de mais ou menos uma hora de atraso, as pessoas começam a entrar e a banda Omfalos sobe ao palco, tentando montar seu equipamento e regular o som. Foi nesse momento que a noite – que tinha tudo pra ser sensacional – se tornou em um verdadeiro caos. Após um pequeno desentendimento entre um roadie dos suecos e o guitarrista do Omfalos, os ânimos se exaltaram e quase saiu uma briga, daquelas de soco na cara mesmo. Como eu estava do lado oposto do palco, fiquei olhando atentamente de longe vendo aquela palhaçada aparentemente por nada. Quando o mesmo guitarrista pluga sua guitarra no amplificador destinado ao Dark Funeral, a coisa ficou feia.
Mais uma vez os roadies praticamente se descabelaram e mandaram desligar. A banda, por sua vez, resolveu não tocar. Houve um pequeno tumulto nos bastidores entre a produção e os roadies. Foi notório que os gringos estavam afim de confusão na noite, tudo era motivo pra falar mais alto e com ar de superioridade. A banda já ficou famosa poucos dias antes quando se recusou a se apresentar no Rio de Janeiro pelo simples motivo do hotel não ser cinco estrelas. Estava pressentindo algo parecido por aqui. As outras duas bandas de abertura que restavam se recusaram a tocar também diante tanta confusão e prepotência da equipe do Dark Funeral. Todos os músicos, revoltados, se retiraram do local e não ficaram para ver a banda principal.
Após uma nova longa espera, sobe ao palco o quinteto já caracterizado com seu corpse paint. Para minha surpresa, o público estava muito bom e todos muito animados. O show da banda é inegavelmente incrível, com qualidade de som e performance. Durante o show, alguém da platéia atirou uma garrafa no rosto de um dos guitarristas, que imediatamente largou seu instrumento no chão e desceu furioso no meio da galera em busca do indivíduo. A banda toda para e fica esperando a situação lamentável se resolver.
No final da apresentação, a segurança não deu conta e algumas pessoas subiram no palco, provocando mais uma confusão com os roadies. Mais uma briga começava. A banda saiu rapidamente e ficou aquela bagunça generalizada. A noite tinha tudo para ser marcante. E foi. Pena que da maneira errada. Difícil dizer de quem é a culpa e nem quero apontar o dedo a nenhuma das partes. O fato é que o Dark Funeral chegou cheio de pompa, se achando estrelas do metal mundial. Praticamente um Madureira querendo ser Real Madrid. Para que o metal se mantenha forte e unido, é preciso primeiramente respeito. E esse não compareceu no dia.
Texto e fotos: Pedro Humangous (Editor Chefe da revista Hell Divine)
www.diadeshow.com.br: Veja as fotos de quem foi no show e compartilhe as suas.
Matéria original: Hell Divine
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